12 fevereiro, 2008
(tor)Half Life 2 Episode One
half-Life 2: Episode One
PC
"Uma dose e tanto de 'Half-Life 2' com cerca de seis horas de jogo."
30/06/2006
da Redação
A Valve Software é uma especialista em deixar os jogadores (leia-se "fãs de 'Half-Life'") com água na boca. Vem sendo assim desde o "Half-Life" original, pois embora a série não possua um enredo, digamos, genial, ainda assim é instigante, permeado por reviravoltas e novos personagens. Além disso, a trama sempre está estrategicamente envolta em uma camada de mistério.
Ao menos, agora que a produtora aderiu à distribuição de conteúdo via episódios, não é preciso esperar tanto por respostas. "Episode One", a primeira de três expansões para "Half-Life 2", não foge muito ao estilo da série, esclarecendo alguns pontos da trama e, claro, deixando novas questões pelo ar.
Expansão com personalidade
"Episode One" é uma expansão "stand-alone", ou seja, que não exige a versão original de "Half-Life 2" para funcionar. Porém, antes de se aventurar pelo episódio, é bastante recomendável ter jogado a segunda versão que terminou com o cientista Gordon Freeman e Alyx Vance, sua aliada e "paquera", atingidos por uma imensa explosão.
Ter jogado "Half-Life 2" é importante não apenas para não perder o fio da meada, quanto ao enredo, mas também porque a expansão parte do desfecho do jogo, sem muitas delongas ou explicações para eventuais principiantes.
A maior (e mais agradável) novidade de "Episode One" é que, praticamente durante todo o tempo, você joga ao lado de Alyx Vance, enfocando o estilo cooperativo. A história se desenvolve a partir da fuga de City 17, após a derrocada de Dr. Breen. Porém, os alienígenas Combine continuam na Terra e, com o reator de Citadel sobrecarregado, agora é necessário deixar as ruínas do local antes que seja tarde demais.
Em se tratando de estilo de jogo, não há muitas novidades para aqueles que já estão acostumados à série: continua plenamente forte e predominante a mistura de ação e quebra-cabeças, em seqüências extremamente scriptadas, mas envolventes na mesmíssima proporção. A vantagem é que, como já foi dito anteriormente, Vance está ao lado do herói, com participação bastante ativa no game.
Por sinal, a moça não é mole, não. São necessários muitos tiros para tirá-la fora de ação e ela se mostra bem eficiente na mira - sem falar na munição de sua arma, aparentemente inesgotável. A moça, vira e mexe, flerta com Freeman, mas, mantendo a tradição da série, o cientista entra mudo e sai calado. De qualquer forma, as cenas de diálogos - não apenas com a aliada, mas com seu pai e outros personagens conhecidos (inclusive com direito à aparições de Dog, o cão-robô) - são bem humoradas.
Gráficos refinados
Tanto os oponentes quanto o arsenal são basicamente os mesmo, com exceção de uma coisinha nova aqui e outra acolá. Entretanto, ao que parece, se a Valve Software pretende mesmo adicionar elementos efetivamente inéditos ao jogo, deixou para os próximos dois capítulos.
De uma maneira geral, a arma de gravidade (gravity gun) adquiriu uma importância maior em "Episode One", muito mais como um instrumento para superar obstáculos - tirar objetos do caminho, atirar bolas de energia para ativar pontes e por aí vai - que como arma.
O jogos se passa em City 17, então é raro ter a sensação de ver alguma paisagem inteiramente nova. Os cenários são compostos, em sua maioria, por ambientes subterrâneos, dutos e no interior de instalações. Desta vez, não há veículos para dirigir, mas, embora as seqüências tenham proporcionado alguma diversão em "Half-Life 2", não dá para lamentar muito a falta delas na expansão.
Graficamente, a tecnologia Source deixa claro que ainda tem bastante vida útil pela frente, ainda mais com as modificações implementadas pela produtora, como os recursos de High-Dynamic Range (HDR) que, para as placas de vídeo capazes de suportar o tranco, proporciona ambientes muito mais realistas, além de efeitos detalhados nas luzes e sombras.
"Mais uma dose, por favor"
Maturidade. Talvez esta seja a melhor palavra para descrever "Episode One" que, com o formato em episódios, mostra que a Valve encontrou uma bela forma de desenvolver a série, tanto para ela mesma quanto para os jogadores. Uma dose e tanto de "Half-Life 2" com cerca de seis horas de jogo.
Não se pode dizer que é a "medida certa" porque "Episode One" é tão envolvente que, quando menos se percebe, acabou, deixando o jogador querendo mais. Ao menos, agora a promessa de espera pela próxima dose está na casa dos meses, e não mais dos anos, entremeados por decepcionantes atrasos.
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