Escrito por um jogador..bom varios...
Palavras de Bruno
Silent Hill - The Room
Sem dúvida o mais injustiçado da série, por isso resolvi postar alguns aspectos que o ressaltam em relação aos seus anteriores. Não estou postando para dizer que ele é o melhor (o mérito é do 1 e do 2), mas, pelo fato de ser o 4º e ainda conseguir "inovar" em muitos pontos, o faz, de longe, um título digno do mais exigente Silent maníaco.
Apesar de ter começado a jogar há pouco tempo, as impressões que tive no início me agradaram principalmente pela originalidade. Desviando um pouco da linha tradicional (precariamente mantida no SH3), SH - The Room estaria fadado ao fracasso se também explorasse o velho esquema de ser atraído por Silent Hill e, uma vez lá, pagar pelos suas dívidas. SH3 peca por pouco inovar em relação ao 1º, recebendo (merecidamente), o título de "Sequência" daquele jogo, já que existe um sentimento "Nostalgicamente Maçante"ao se jogar. De fato, SH1 esgotou totalmente as possibilidades, sem deixar margem à qualquer outra "imitação".
O SH - The Room também se propõe, de certa forma, a continuar o 2º jogo da série, embora tenha sido feliz ao adotar "outros métodos". Talvez poucos percebam mais o 2º jogo (diferentemente do 1º) deixou muitas pontes para uma "Eventual" sequência.
É inegável o fato de que existe muitas conexões entre as duas tramas:
-Walter Sullivan, criado no SH2 e desenvolvido no SH4 - Frank Sunderland (Pai de James), síndico dos apartamentos onde Henry vive (Ele comenta: Meu filho e nora jamais voltaram de Silent Hill) - A estranha ligação entre Henry e lago Toluca (Além do quadro acima da cama, e dos comentários sobre a paisagem) - e olha que só estou na metade do jogo.
A idéia de se estar preso ao próprio quarto, é desesperante e dá novo ânimo à série, que sofria cronicamente de "falta de criatividade". Quiçá seus elaboradores saibam desenvolver bem essa idéia claustrofóbica no decorrer da trama.
Se originalidade é o ponto do alto do game, outro aspecto muito bem-vindo à continuação seja a interatividade. No entanto, esse recurso é melhor aproveitado por quem......quem tem domínio do Inglês. Dá pra reparar, Henry tem opinião para praticamente tudo no cenário. Posteres, cadeados, correntes, enfim... qualquer coisa merece um palpite de Henry. Sem falar na panorâmica que se tem das janelas do apartamento de Henry, a perspectiva do olho mágico na porta acorrentada e, o Voyer Henry (Rsrsrs) bisbilhotanto a Eillen pelo buraco na parede. Tem também o aparelho de som, com algumas notícias bizarras e reveladoras. E muitas outras coisas que, pela simples curiosidade, desnudam grandes segredos sobre os 3 primeiros jogos da série. A INTERATIVIDADE, em comparação aos outros jogos, é qualitativamente superior e dá um quê especial à trama.
Outro ponto, duramente criticado por muitos, é o papel que o "QUARTO" possui na novela. Alguns também partilham da mesma sensação que tenho quando retorno para lá, é como se fosse um "Porto Seguro" em um mundo de bizarrices e hostilidades (O próprio Walter Sullivan adverte: Don't go out). Uma familiaridade acaba se criando entre os protagonistas (Henry e o apartamento), muitos eventos interessantes ocorrem lá dentro. Invarialvelmente, é muito bom estar lá dentro quando coisas pavorosas acontecem lá fora.
Sobre a parte técnica do jogo, SH - The Room possui uma boa engine de gráficos (Não avançam em relação aos demais mas também não chega a ser um retrocesso), o tratamento sonoro é muito bom, e chega a ser unânimidade que a trilha sonora é esplêndida.
A ausência da lanterna(principal motivo para todos odiarem o jogo), obrigou a konami a caprichar na distribuição de luzes e sombras (outro ponto que evolui através da série). O personagem também está desfalcado do rádio, o que proporciona bons momentos de susto ao se esbarrar em alguma criatura.
Um dos grandes problemas, ao meu ver, seja a falta de RIDDLES (marcante em toda a série). Nada poderia compensar a ausência das charadas e enigmas, o que o descaracteriza como um Thriller de suspense, ganhando mais ares de - Genre Action(Dá pra perceber, pela barrinha de life rsrsrs).
Falando em criaturas, a série sofre um grande baque no 3º jogo da série
- Monstros muito mal definidos, mal elaborados, verdadeiras aberrações (No sentido depreciativo da palavra). Os erros começavam na prancheta de desenhos - Havia um que mais parecia uma aranha robótica voadora, com patas de aço :P; e aquele cachorro com bandagens e mandíbula invertida? Os do 1 metiam mais medo; E aquela criatura enorme com espetos nos braços? Muita imaginação pra pouca coisa -
O 4º foi o responsável por recriar o pânico e tensão no setor. Também não gostei daqueles cachorros linguarudos mas achei fantástico os efeitos criados pelos fantasmas (Mas que são chatos de se livrar, são!)
Enfim, a série termina de maneira honrosa. A impressão que se tem é de que um dever moral foi feito (Já imaginou se a série acaba no 3º game?). SH - The Room pelo menos consegue se despedir dessa geração de Console e dar às boas-vindas ao SILENT HILL V com seu PS3.
Opinião de Andarilho
Eu destaco o SH4 como um excelente jogo nos seguintes aspectos que lhe conferem originalidade em relação aos outros SH's:
- Apartamento com espítos vitimados por Sullivan, e a forma como eles se manifestam, que arrepios, seja nas janelas, tv, relógio na parede etc.
- Os fantasmas do mundo do Walter Sullivan, que simplesmente não podem ser mortos, apenas imobilizados por espadas sagradas.
- A jogabilidade no direcional analógico facilitou muito mais o modo de combate com os monstros do que aquela típica jogabilidade do 1º SH.
- Enredo totalmente envolvente e assustador, onde se vê um assassino serial, anunciado desde o SH2, que promove esse massacre a fim de alcançar seu objetivo distorcido.
Algumas considerações:
1- O fato de não ter a lanterna pode ter sido uma tentativa dos criadores de sair da praxe que já acompanharam os 3 primeiros jogos da série. Lanterna + rádio sempre foram uma boa pedida, mas não creio q o ponto forte da série se limite a esse detalhe.
2 - As trilhas sonoras são umas das melhores dos Sh's já lançados, fora a ambientação que é magnífica!
Por isso que considero o SH4 um dos melhores já lançados!
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