14 junho, 2010

Água em marte no passado!

ice-in-crater-mars-express[1]marte1[1] PARIS — Um vasto oceano cobria um terço da superfície do planeta Marte há 3,5 bilhões de anos, segundo um estudo publicado neste domingo pela revista científica Nature Geoscience.

Dois pesquisadores da Universidade do Colorado (Boulder, Estados Unidos), Gaetano Di Achille e Bryan Hynek, chegaram a essa conclusão após analisarem os dados de 52 depósitos de sedimentos em "deltas" e vales de antigos rios que uma vez irrigaram o planeta vermelho.

"Mais da metade dos 52 depósitos dos deltas marte2[1]de rios identificados pelos pesquisadores (...) marcavam provavelmente os limites do suposto oceano, dado que todos estão situados aproximadamente na mesma altura", explica a Universidade do Colorado em um comunicado.

Dos 52 deltas, 29 estavam conectados ao desaparecido oceano de Marte ou às lâminas de água subterrânea que o alimentavam, assim como a grandes lagos adjacentes, detalha Di Achille no informe.

Segundo Hynek, este é o primeiro estudo que integra os dados (deltas, rede de vales, topografia) provenientes das missões de observação do Planeta Vermelho, efetuadas desde 2001 pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

"Marte tinha provavelmente um ciclo hidrológico global semelhante ao da Terra, com chuva, formação de nuvens, acumulação de gelo e lâminas de água subterrâneas", explica.

4%20marte[1]Di Achille e Hynek estimam que o oceano cobria cerca de 36% da superfície de Marte com um total de 124 milhões de km cúbicos de água, um volume dez vezes inferior ao de todos os oceanos terrestres atuais, ainda que Marte seja menor que a Terra.

Segundo outro estudo dirigido por Hynek e publicado no Journal of Geophysical Research (Planets), foram detectados cerca de 40 mil vales de antigos rios em Marte, que foram a fonte dos sedimentos acumulados nos deltas.

Após esses dois estudos, os pesquisadores pensam agora na grande pergunta do que ocorreu com a água que há mais de 3 bilhões de anos banhava a superfície marciana.

 

Talvez as futuras missões a Marte, entre as quais a da Nasa batizada de "MAVEN" (Mars Atmosphere and Volatile Evolution Mission) prevista para 2013 e dirigida pelos investigadores da Universidade do Colorado, tragam a resposta.

 

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